Não posso dizer que seja particularmente um entusiasta da política, nem que tenha simpatia por algum dos políticos próximos do poder neste momento em Portugal, mas a verdade é que me custa não poder participar, mais uma vez, de umas eleições, tal como aconteceu no passado recente, com as Presidenciais e as Europeias. Em todas elas (e esta não será excepção) estive a trabalhar. Esta é uma das dificuldades com que me tenho deparado, desde que comecei a trabalhar desta forma. Tenho conhecimento que há alguns que conseguem votar antecipadamente mas, infelizmente, esse não é o meu caso: primeiro, não tenho destino certo, segundo, nunca sei quando viajo e quando estou em casa. Por isso, ainda não tratei de verificar da possibilidade de votar antes, para evitar mais um voto na abstenção. E é isso que me custa mais, saber que estou a contribuir para algo que me deixa furioso. Sabendo que é um direito que nos assiste e que é um dever enquanto cidadãos, não compreendo como é que as pessoas preferem não votar, em vez de mostrarem o seu desagrado ou desinteresse com outro tipo de acção. Cada um sabe das suas opções mas, se houvesse voto pela internet, eu não falharia, mesmo estando no meio do mar.
Entretanto, estou confiante de que estarei presente nas próximas eleições Autárquicas e são essas as que me interessam, pois são os nossos representantes mais próximos aqueles que elegemos, aqueles que podem fazer a diferença, se assim tiverem vontade, para com quem mais precisa. Para mim, política é proximidade, é envolvimento com a comunidade, preocupção com o bem-estar do que está ao nosso lado. Só assim se consegue fazer evoluir o país, dando melhor qualidade de vida aos cidadãos.
Falando de outras faltas, quero desde já pedir desculpa aos meus amigos aniversariantes por não estar presente nas vossas festas. Vocês sabem que não me esqueço e que tenho o coração junto de vós. Prometo compensar assim que chegar a casa.
E já não tardo a voltar a casa. Mais de metade do turno está passado e sei que os últimos dias vão ser de muito trabalho, pelo que o tempo vai passar mais rápido. O facto de poder abraçar a Sofia mais uma vez e de saber que o fim-de-semana em que chego vai ter vários motivos de interesse, entre os quais um conveniente feriado numa segunda-feira, ajudam a manter o espírito elevado.
Pela terceira vez consecutiva, chego em dia de concerto. Desta vez será, para mim, a oportunidade de ver um dos melhores projectos que apareceu em Portugal nos últimos tempos. Os Oquestrada já levam alguns anos de existência, apesar de só este ano terem lançado o primeiro albúm. Em "Tasca Beat – O Sonho Português" encontra-se inovção misturada com tradição, numa mistura de estilos e influências própria da globalização em que vivemos. Não sou crítico de música mas se fosse, este albúm levava nota 10, pelo tanto e tão bom que inclui.
Porque foi do país que comecei por falar, aqui fica um tema adequado ao momento.